Conceito de Psicose na Gestalt
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Introdução Para a Gestalt, os conflitos internos estão entre a existência do organismo e o social, em um ajuste permanente e criador que tem por objetivo reequilibrar o organismo. A psicose e a neurose são tidas na Gestalt-Terapia como um ajuste criativo. Estar encoberto é uma condição existencial, não um estado patológico. O estado saudável caracteriza-se por um processo permanente de manutenção de equilibrios e de ajustamento as condições, sempre flutuantes, do meio interno e externo (Ginger e Ginger,1995). Augras (1986/2002,p.12) define que “patológico é o momento em que o indivíduo permanece preso a mesma estrutura, sem mudança e sem criação”. Para a Gestalt-terapia, todas as formas de estar no mundo são chamadas de ajustamento, que é como nos ajustamos frente ás situações que a vida nos apresenta. A Gestalt-terapia encara o processo psicopatológico por um viés positivo de ajustamento em situações insustentáveis ao self. As situações de autorregulação são vetores de mudança, ocasionadas por circunstâncias de desequilíbrio. Augras(1986/2002) afirma que a normalidade se coloca como uma capacidade adaptativa frente ás situações da vida, sendo a saúde um processo de atualizações do organismo com o mundo. Assim, saúde e doença são definidas pelo estado de organização e desorganização da pessoa. O ser sadio dispõe livremente do conjunto de possibilidades de relações que se apresentam diante de si no decorrer de sua existência, possuí capacidade de perceber necessidades e entrar em contato com o meio externo e interno, concluindo o processo de formação e transformação de figuras. Já o ser doente se define pelo aspecto de privação de escolha e liberdade. Na teoria da Gestalt-Terapia, a elasticidade da figura-fundo é o ponto inicial para compreender a como a psicose e a neurose funciona. Quando há uma perturbação nessa dinâmica, surge uma rigidez ou uma falta de formação da figura, o que leva a uma má