Conceito de gotas
A Artrite Gotosa tem sido descrita desde a época de Hipócrates, no século v a.C. O termo “Gota” vem do latim “Gutta” que traduz o conceito humoral, no qual haveria um gotejar de humores de uma parte do corpo para outra. A Gota era conhecida como a doença dos reis, devido à associação com consumo de alimentos finos e álcool. A primeira teoria Patogênica da Gota é dada pelos Gregos ao definirem a Gota como uma desordem humoral, que eles acreditavam ter origem cefálica. Depois a primeira descrição de Gota foi em 1683, feita por Sydenham médico inglês que sofria desse mal. A relação entre Gota e o excesso de ácido úrico circulante ficou conhecida a partir do século xix, mas foi em torno de 1960 através do conhecimento da bioquímica que se determinou um tratamento específico para a doença.
DEFINIÇÃO
Gota é uma doença Osteometabólica, conseqüente do aumento dos níveis séricos de ácido úrico denominado Hiperuricemia. O ácido úrico se deposita nas articulações causando inflamações agudas.
A concentração normal de ácido úrico no sangue é de até 7,0 mg/100 ml. Diariamente, cerca de 200 a 600 mg de ácido úrico são excretados na urina de um adulto. Isso corresponde a 2/3 da quantidade produzida pelo organismo, sendo o restante excretado na bile e no trato gastrointestinal. Quase todo ácido úrico no sangue é filtrado pelos rins (apenas uma pequena quantidade ligada à proteína não é filtrada), mas 80% são reabsorvidos após a filtragem. A Gota pode evoluir em três estágios: Aguda-> episódios agudos de inflamação intermitente em uma ou mais articulações. Afeta preferencialmente as extremidades inferiores, o primeiro ataque de gota pode afetar a articulação metatarsofalangiana.
Intercrítico-> intervalos entre as crises agudas sem sintomas.
Crônica-> Nesta forma da doença, os níveis de urato podem aumentar até 50 vezes acima do normal e só ocorre em pacientes com hiperuricemia grave e prolongada com crise de gota, geralmente poliarticular com mais de 10 anos de