Conceito de família
A partir dos conceitos de família, podemos fazer observações empíricas dos fatos sociais. A teoria funcionalista, que dominou o pensamento norte-americano a partir da década de 50 e que teve reflexos marcantes na sociedade brasileira, conceitua a família como uma agência socializadora a qual forma a personalidade dos indivíduos. A socialização primária das crianças e a estabilização das personalidades dos adultos são as funções básicas da família. Os primeiros estágios da vida, a criança forma com a mãe relações intensas e íntimas.
Nos últimos anos, observa-se, com a inserção da mulher no mercado de trabalho, uma tendência para a formação de famílias incompletas, ou seja, a família em que há a ausência da figura do pai. Há também, não muito raro, os casos em que os avós assumem o papel dos pais na formação dos netos.
Porém, o mais comum é, estatisticamente, encontrar a mãe na responsabilidade pelas tarefas domésticas e, consequentemente, o que aumenta sobre si essa responsabilidade social da formação da criança.
Percebe-se que, predominantemente, que na estrutura familiar tradicional, o pai e a mãe desempenham funções diferenciadas e complementares. O pai desempenha a função de líder, responsável pela manutenção econômica do grupo, enquanto a mãe desempenha os papeis sociais de natureza expressiva, voltados a assuntos internos da família.
Nesse modelo, a mulher é quem mantém o bem-estar físico e emocional dos dependentes e é responsável pela estabilização das personalidades dos membros adultos do grupo o que torna o seu papel de grande relevância social.
Não houve uma preocupação, na literatura marxista, com o tema família. Há, porém, uma superficial associação dos meios de produção com a própria reprodução humana, sendo a produção e a reprodução imediata da vida, uns dos fatores determinantes da história.
Já nos anos 70, os movimentos feministas (europeu e norte-americano) preocupam-se com a questão da