conceito basico de psicologia geral para os operadores do direito
Quando se fala em Psicologia jurídica, quer-se dizer com isso uma locução imprecisa, embora largamente utilizada e por isso mesmo prestigiada na linguagem comum, sem ao certo estabelecer o que se entende por tal pesquisa, e este é um problema inicial: a questão do conhecimento qualificado sobre o que denominamos agora por Psicologia jurídica.
O estudo tem por objetivo geral proceder a uma análise sobre a importância entre Direito e Psicologia, visualizando como objetivo específico, investigar os pontos em comum entre as duas ciências. A metodologia do trabalho é do tipo bibliográfica, porque se baseou em literatura, doutrina especializada e a abordagem é livre e exploratória sobre a temática.
Para tanto, passeia-se pelo tema a partir da mito do cocheiro de Platão que é uma interpretação filosófica entre Direito e Psicologia no mundo antigo, em seguida a compreensão sobre Psicologia em suas dimensões e importância social, nas abordagens que esta ciência comporta; após, procura-se a interlocução com o Direito, em manifesta revisão sobre o ensaio de Pontes de Miranda, denominado: “À margem do Direito”, assinalando-lhe a proposta e sua reflexão contemporânea e, por último, aponta-se algumas diretrizes sobre a problemática, conferindo, de logo, que o estudo demanda uma discussão livre entre Psicologia e Direito.
1. A Psicologia e o Direito na filosofia de Platão
A questão da Psicologia e o Direito não é coisa nova, veja-se, por exemplo, o antigo mito do cocheiro de Platão em que já se distinguia a alma do corpo, como escrevia o filósofo no Mundo Antigo.[1]
Para tanto a alma é como uma força ativa que unisse um carro puxado por uma parelha alada e conduzido por um cocheiro, a questão é que Platão utiliza o mito para relacionar a alma imortal dos deuses e a alma mortal dos homens, justamente a figura dos cavalos alados, em que a primeira alma é genuína e do bem, já a segunda alma é mestiça, daí a dificuldade de conduzir o carro, de