Comunicação
A historiadora Elizabeth Eisenstein, fez um minucioso estudo sustentando a idéia de que a impressão gráfica foi uma “revolução na reconhecida” e que essa não foi levada em consideração em movimentos como a renascença, reforma e revolução cientifica, conforme pode-se analisar melhor na entrevista de Roger Chartier, a Revista Brasileira de Ciências da Comunicação: “Este debate foi aberto pelo livro de um jovem historiador, Adrian Johns, The Nature of the Book. É claro que o debate não se focaliza sobre dois aspectos reconhecidos tanto por Eisenstein e Johns como pela totalidade dos pesquisadores. Primeiro aspecto: a revolução do impresso é talvez uma revolução menos revolucionária do que o invento do códice, que impõe ou propõe uma nova forma de livro a leitores acostumados a ler em rolos e que então podiam e deviam ler da mesma forma que conhecemos, folheando páginas, cadernos, livros cercados nas suas capas. Neste ponto de vista é uma revolução da leitura e uma revolução do objeto livro, infinitamente maior do que os produzidos imediatamente pela nova técnica da prensa para imprimir e dos caracteres móveis. Segundo: de outro lado, em relação à tese de Elizabeth Eisenstein, trabalhos recentes e múltiplos, na Inglaterra, Espanha e na França (como o de Jean Hébrard2) interessam-se mais pela sobrevivência da cultura manuscrita, da comunicação de publicações manuscritas durante a idade do impresso, isto é, depois da invenção de Gutenberg.”
Mas com a mesma velocidade com que os livros iam sendo impressos e a cultura ia se