Comunicação
Não da para falar de comunicação de massa sem falar também em cultura de massa, sociedade de massa e indústria cultural. Podemos dizer que a comunicação de massa é uma característica fundamental da sociedade de massa. Ela surgiu no séc. XIX, com o jornal diário, mas se consolidou no séc. XX com o rádio, o cinema e o meio de comunicação de massa por excelência, a TV.
A comunicação de massa é a comunicação feita de forma industrial, ou seja, em série para atingir um grande número de indivíduos, a sociedade de massa. Numa visão apocalíptica, ela é uma conversão da cultura em mercadoria, utilizada pelas classes dominantes de forma vertical para homogeneizar as massas. Para definir esta conversão, os frankfurtianos Adorno e Horkheimer criaram o termo Indústria Cultural, citado pela primeira vez em Dialética do Iluminismo.
Hitler e Mussolini conheciam bem e comprovaram o poder homogeinizador da comunicação de massa, utilizando o rádio e o cinema para difundir suas ideologias políticas e mobilizar as massas. Mas existe uma diferença, embora pequena, entre a industria cultural produzida pelo Estado e a difundida pelas empresas, indústria e comércio, como acontece no modelo norte-americano. No primeiro modelo fica claro o totalitarismo político, porém a sociedade de massa, apesar de não parecer também é uma sociedade totalitária e muito mais perigosa, pois os dominados não têm consciência de que assim o são e não percebem até onde vai essa dominação. Como bem disse Adorno: "O consumidor não é rei, como a indústria cultural gostaria de fazer crer, ele não é o sujeito dessa indústria, mas seu objeto."
A Indústria cultural é conseqüência da industrialização e do desenvolvimento de uma cultura de mercado e exerce um poder alienante sobre as massas, impedindo que elas tenham um certo grau de consciência e reflitam sobre o mundo à sua volta. Segundo Lazarfeld a comunicação possui uma "disfunção narcotizante, pela qual os meios de comunicação