Comunicação e política
Em algum momento dos anos 60 surgiram “tentativas de se pensar não mais simplesmente os efeitos dos meios e recursos de comunicação nos fatos da política, mas a relação entre duas grandezas institucionais: a comunicação e a política”. É o momento das primeiras formulações gerais sobre a política conquistada e dominada pelos meios de comunicação. De uma literatura segundo a qual, há meios à disposição dos agentes sociais e dos governos, os pesquisadores passam a produzir outra, onde a comunicação é campo social predominante e impõe suas estratégias e linguagem à política. Já para Umberto Eco, enquanto a primeira fase é apocalíptica – usa juízos severos, negativos e concentrados em um inventário de perdas humanas, sociais e políticas que os novos meios comportariam. A segunda pode ser vista como apenas um intervalo entre a atitude de suspeita dos primeiros trabalhos e a abordagem crítica inspirada no neomarxismo ou nos Estudos Culturais. A terceira fase, no entanto, traz perspectivas mais interessadas em entender e descrever os fenômenos do que