Comunicação e inovação: correlações e dependências*
Jorge Emanuel Reis Cajazeira, Suzano Papel e Celulose e ISO International Organization for Standardization. Claudio Cardoso, UFBA – Universidade Federal da Bahia e ABERJE Associação Brasileira de Comunicação Organizacional
Resumo A comunicação sempre desempenhou papel central na inovação. Contudo, o aumento de complexidade das relações internas e externas das organizações, e dos indivíduos entre si, combinado à crescente demanda competitiva por inovação, lança desafios inéditos sobre a forma de pensar e atuar da comunicação organizacional. Neste artigo apresentamos uma proposta conceitual da comunicação baseada nos estudos de DEETZ (2008) que propõe a superação de antigas visões teóricas por uma nova forma mais colaborativa de compreender e atuar, baseada em sistemas de negociação orientados ao resultado. Neste artigo chegamos à conclusão de que a proposta da comunicação colaborativa parece atender de forma mais compreensiva ao universo relacional complexo dos públicos de interesse, e vencer os desafios apresentados pela complexa dinâmica do desenvolvimento e disseminação das inovações. Palavras-chave Inovação, Comunicação, Difusão, Estratégia, Ambiente Inovador.
1. Introdução
No âmbito das empresas, a comunicação que se afirma historicamente como importante é aquela que produz resultados. Esse conceito, apresentado por Nassar 1 (2005) é muito próximo das definições mais aceitas de inovação, em especial aquela cunhada pelo Fórum de Inovação da FGV-EAESP como a “conjugação da produção de idéias com as ações para implementá-las e os resultados alcançados”2. Note-se que essa definição de inovação já traz em si a noção processual, tão comum na visão atual de comunicação como ressaltado
* Trabalho apresentado ao GT ABRAPCORP 2 – Processos, Políticas e Estratégias de Comunicação do III ABRAPCORP 2009, congresso celebrado no 28, 29 e 30 de abril de 2009, em São Paulo (SP).
1
NASSAR, P (2005). Comunicação