Comunicação e História - Interfaces e novas abordagens

Fichamento
RIBEIRO, Ana Paula Goulart; HERSCHMANN, Micael Comunicação e História - Interfaces e Novas Abordagens.
Parte IV – Interfaces com a Política
PARADA, Maurício. Estados autoritários e meios de comunicação de massa: Itália, Portugal e Alemanha - 1922/1939 (pp. 205-215).

Introdução
Biografia de Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo de George Orwell, autor de 1984, e um breve resumo da sua mais importante obra.
“O objetivo deste artigo não é produzir mais uma interpretação para o livro de Orwell. O texto é apenas tomado como ponto de partida para uma reflexão sobre a relação entre cultura e política. Gostaria, na realidade, de analisar as práticas dos Estados autoritários, nas décadas de 1930 e 1940, voltadas para os meios de comunicação, considerando que, para o imaginário do século XX, a idéia dos media como agentes “manipuladores” ou como “falsificadores” da realidade está diretamente ligada ao fascismo – ou a seus correlatos modelos de autoritarismo político. (p.206)

Cultura Facista
"Essa diversidade, que produz tensões entre o ativismo revolucionário e o conservadorismo estatal, contrapõe a celebração do individualismo heróico e o conformismo corporativo e polariza a cultura entre valores elitistas e populares, confirma a interpretação de que a verdadeira essência da ideologia fascista é o paradoxo e a contradição." (p.206)

"(...) o fascismo requer uma superprodução estética, um excesso de signos, imagens, slogans, livros e edifícios. Nesse sentido, a arte e os novos meios de comunicação foram mais do que simples instrumentos manipulados para propósitos de propaganda e de controle das massas." (p.206)

"... a exposição de 1932 sofreu algumas modificações em relação à de 1929, principalmente o que podemos chamar de "guinada mussoliniana". Ou seja, a Mostra ganhou um herói épico - o Duce / Estado... ."(p.207)

"A Mostra foi dividida em duas unidades:..., e uma seção de propaganda, mostrando as realizações do regime entre 1922