Comunicação e expressão
É uma forma de ação sobre o interlocutor ao qual se dirige. Uma vez que, ao produzir um texto, sempre temos uma intenção, entende-se que todo texto é, de certo modo, persuasivo e argumentativo. Há textos explicitamente argumentativos, como os textos publicitários, por exemplo. Outros realizam a argumentação com apoio no raciocínio lógico, como é o caso dos discursos científicos. Entretanto, independentemente do tipo de texto, ao realizarmos uma comunicação não pretendemos apenas que nosso interlocutor a receba e compreenda; queremos que ele a aceite e aja conforme ela propõe. A aceitação depende de muitos fatores que extrapolam o texto: os valores assumidos pelo interlocutor, seus sentimentos, sua visão de mundo, sua posição em relação ao autor, entre outros. Daí a necessidade de desenvolver, no texto, argumentos persuasivos que levem em conta àqueles fatores. Argumento é, portanto, todo procedimento linguístico que objetiva convencer o interlocutor, persuadi-lo a aceitar e agir em conformidade com o conteúdo da nossa comunicação. A consistência dos argumentos produz, no leitor, a impressão de verdade, de realidade, daí decorrendo sua aceitação. Para a produção dessa consistência argumentativa, contamos com inúmeros recursos linguísticos que configuram diferentes tipos de argumentos, dentre os quais enfocaremos os mais comuns. Argumentação de Provas Concretas Ao empregarmos os argumentos baseados em provas concretas, buscamos evidenciar nossa tese por meio de informações concretas, extraídas da realidade. Podem ser usados dados estatísticos ou falsos ou fatos notórios (de domínio público). São expedientes bem eficientes, pois, diante de fatos, não há o que questionar.
Exemplo 1:
“No caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave. De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que dobrou ao longo dos últimos 20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27 por mil habitantes. Entre