Comunicação Total - Libras
A comunicação total tem em si, aspectos positivos e negativos. Por um lado ela ampliou a visão de surdo e de surdez e ajudou no processo de utilização de códigos espaço-viso-manuais. Por outro, não valorizando suficientemente a língua de sinais e a cultura surda, propiciou o surgimento de diversos códigos diferentes da língua de sinais que não podem ser usados em substituição a uma língua no processo de aquisição da linguagem e desenvolvimento cognitivo da criança.
A comunicação Total tem o grande mérito de deslocar a língua oral como principal objetivo na educação do surdo e considerar prioritária a comunicação dessas crianças. O individuo não se desenvolve quando domina um conjunto de regras gramaticais e sim quando está envolvido em um contexto comunicativo ou seja , um diálogo contextualizado e espontâneo.
A criança aprende a se comportar de acordo com a necessidade da situação e a dirigir sua atenção a fatos significativos.
Segundo Vigotsky seguindo essa aprendizagem provoca o desenvolvimento de funções mentais como atenção, memoria, percepção, analise e síntese, abstração, dedução...
A comunicação Total leva em consideração aspectos sociais emocionais e cognitivos que antes eram deixados de lado e que são de extrema importância para o desenvolvimento infantil. Ela encontra uma solução para transmitir linguagem às crianças surdas de forma contextualizada com a criação de códigos visuais que acompanham a fala oral do ouvinte e com isso possibilitando uma melhor compreensão pela criança.
Existem sete elementos que compõem as línguas, seja elas orais ou de sinais. São eles: Arbitrariedade, Dupla Articulação, Produto cultural, Produtividade, Deslocamento, Prevaricação e Semanticidade.
Esses elementos da língua estão ausentes nos códigos visuais utilizados em conjunto com a língua oral pelos profissionais da comunicação total e não permitem a criança exercer uma comunicação mais complexa. O objetivo dessa utilização é