comunicação pública
João Luíz Bittencourt Victal1
O capitalismo se consolidou como sistema hegemônico a partir do séc. XX. Desde então, esse sistema econômico rege na sociedade e os indivíduos, através do consumo e do lucro, fomentam o giro do capital e por conseguinte todo o funcionamento dessa ideologia.
Os seres humanos possuem variadas capacidades. Por isso, é quase inato que possuam anseios diferenciados. O capitalismo se apropriou dessa característica para determinar que as pessoas tenham acesso desigual ao capital e ao conforto proporcionado pelos bens de
consumo.
O sistema capitalista cria uma ideologia de valores e "signos" de prosperidade para os indivíduos através do consumo. Para os indivíduos tornou-se imprescindível o "ter para ser" onde uma vida plena é indissociável das relações de consumo.
As transformações tecnológicas e antropomórficas provenientes da pós modernidade tornaram a engrenagem capitalista mais eficiente contra as variadas espécies de resistência à esse modo de vida, sejam elas através dos indivíduos ou de um grupo. É interessante observar, nesse contexto, como a economia compartimenta esses antagonismos, criando novos nichos de mercado e tornando tudo parte de uma macro economia, tudo à serviço do capital.
Em relação aos efeitos do sistema econômico vigente no setor de comunicação e informação, o autor Manfredini explica que a ampliação dos meios de comunicação tem servido muito pouco para proporcionar uma melhor qualidade de informação para a sociedade onde tudo parece sempre mais do mesmo.
Logo, perguntamos: Como situar
a comunicação social em meio ao sistema
econômico, os governos, a sociedade e principalmente ao indivíduo? Porque quase sempre os comunicadores, sem intenção, se fundem a essa engrenagem para fortalecer e reafirmar os valores de uma sociedade desigual?
Desde a modernidade, a comunicação social age diante da subjetividade dos
receptores,