Comunicação ou Extensão no Sentido Semântico
Parece, que a ação extensionista envolve, qualquer que seja o setor que se realize, a necessidade que sentem aqueles que a fazem, de ir até a “outra parte do mundo”, considerada inferior, para, à sua maneira, “normalizá-la”, para fazê-la mais ou menos semelhante ao seu mundo (Freire, 1985).
Por política de extensão rural entende-se uma das modalidades e política agrícola acionadas pelo poder público para intervir no meio rural, visando ao atingimento de objetivos cuja ênfase tem variado historicamente, mas sempre estão voltados para aspectos econômicos, visando ao aumento da produção e produtividade agropecuárias e para o bem-estar social das famílias e comunidades rurais, expresso, este último, em metas associadas à melhoria das condições de saúde, alimentação, educação e organização da população rural (Rodrigues, 1997).
Freire (1985), afirma que o equívoco gnosiológico da palavra extensão está em acreditar que aquele que estende o conteúdo é ativo, e aquele que recebe é estático, ponto de vista ingênuo quando se leva em consideração uma reflexão filosófica. Desta forma, a substituição do procedimento empírico dos camponeses por técnicas elaboradas é um problema antropológico, epistemológico e também estrutural. Não pode, por isso mesmo, ser resolvido através do equívoco gnosiológico a que conduz o conceito de “extensão”.
RODRIGUES, C.; M. conceito de seletividade de políticas públicas e sua aplicação no contexto da política de extensão rural no Brasil. Cadernos de Ciência &