Comunicação organizacional
No Brasil, a comunicação organizacional originou-se à sombra do jornalismo empresarial, a partir da Revolução Industrial, houve o incremento da expansão empresarial, o que viria a provocar mudanças nos relacionamentos e gerenciamentos administrativos e de comercialização. O relato sobre o enfoque histórico da comunicação organizacional no Brasil encontra-se em Kunsch (1997, p.55-72). A autora apresenta os registros dos estudos pioneiros de Torquato do Rego (1987) sobre jornalismo empresarial e as diversas entidades voltadas ao desenvolvimento das investigações e relacionamento com os profissionais do mercado, que por ora não mencionaremos aqui, mas merece ser consultado no original.
Foi a partir das publicações empresariais na década de 1960, trabalho desenvolvido com a expansão dos departamentos de relações públicas que houve a necessidade de aprimoramento daquilo que seria denominado de comunicação organizacional, a qual segundo Kunsch (1997, p.57) “passaria, sucessivamente, por uma era do produto (década de 1950), imagem (década de 1960), da estratégia (décadas de 1970 e 1980) e da globalização (década de 1990)” (grifos no original).
Segundo Kunsch o “boom” na comunicação organizacional atingiu o auge na década de 1980 com a reabertura política no Brasil. Com o passar dos anos e a criação de linhas de pesquisas nos cursos de pós-graduação e de eventos com publicações que abordam o tema comunicação organizacional houve crescimento da produção teórico-metodológica. As denominações, no entanto, ainda diferem entre países, o que provoca significações e compreensões distintas, variando como comunicação social, comunicação empresarial ou comunicação organizacional. A autora, com base em conceitos da literatura estrangeira, apresenta definições clássicas da comunicação organizacional segundo Goldhaber, Kreeps e Cees van Riel, o que demonstra não ter uma teoria única sobre o