Comunicação Organizacional

KUNSCH, M. M. K. . Comunicação organizacional: conceitos e dimensões dos estudos e das práticas. In: MARCHIORI, M.. (Org.). Faces da cultura e da comunicação organizacional. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2006, v. 1, p. 167-190.

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele" (João 1:1-3).

1 INTRODUÇÃO
O ato de se comunicar é confundido com a própria existência humana, em suas pinturas rupestres dos tambores tribais em sua mais pura essência do homem pré- histórico, nas tribos do Xingu aos confins da África, nas Catilinárias de Cícero e na Era do rádio, presente também na propaganda nazista de Goebbels, e no poder dos tambores nos terreiros nas baterias de escolas de samba. Tudo é comunicação e não passa despercebido.
Marshall McLuhan em seu livro referencial “Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem”, consegue a revolução nos estudos da comunicação humana. Cronologicamente a obra descreve as tecnologias do passado e no presente do autor, mostrando qual a importância dos meios de comunicação em massa afetam a vida do homem que transpôs um mundo linear e cartesiano do início da Revolução Industrial para o salto de um mundo eletrônico.
Todos os meios agem sobre os homens de modo total. Eles são tão penetrantes que suas conseqüências pessoais, política, econômicas, estéticas, psicológicas, morais, éticas e sociais não deixam qualquer fração de nós mesmos atingida, intocada ou inalterada. O meio é a ‘massa-gem’. Toda compreensão das mudanças sociais e culturais é impossível sem o conhecimento do modo de atuar dos meios como meio ambiente. (MCLUHAM; FIORE, s/d, p. 54) Anos mais tarde em seu livro A sociedade em rede, Manuel Castells discorre sobre a quebra de antigos paradigmas de uma sociedade analógica, para o surgimento de uma nova sociedade digital e a Internet “Home-pages, correio eletrônico, fóruns, chats, weblogs,