Comunicação organizacional
Aviso na Sala de Imprensa do Pentágono
"Eu sei que você acha que entendeu o que você pensa que eu disse, mas não estou certo que você tenha percebido que o que você ouviu não é precisamente o que eu quis dizer."
A palavra comunicação deriva do latim communicare, que significa "tornar comum", "partilhar", "conferenciar". A comunicação presume, deste modo, que algo passe do individual ao colectivo, embora não se esgote nesta noção, uma vez que é possível a um ser humano comunicar consigo mesmo.
Geralmente, o conceito de comunicação aplica-se à troca de informações sob a forma de uma mensagem. Porém, também se pode aplicar à troca de bens e serviços ou até à troca de um(a) namorado(a) por outro(a). A partilha de experiências, sensações e emoções é, igualmente, acto comunicativo. Uma série de pessoas caladas e imóveis, à noite, à volta de uma fogueira, estão a comunicar, porque estão a partilhar, a tornar comum uma experiência. Vê-se, assim, que informação e comunicação são conceitos diferentes. A comunicação suporta a informação, mas o inverso não é verdadeiro. Isto é, pode haver comunicação sem troca de informação, mas a troca de informação pressupõe a comunicação.
A comunicação é um processo. Como tal, é dinâmica, evolutiva. Para facilitar o estudo da comunicação, alguns teóricos estabeleceram modelos onde se propõem representar os actos comunicativos que conjecturam a troca de mensagens informativas.
O modelo clássico do processo de comunicação, derivado da Teoria da Informação, mostra o emissor a enviar uma mensagem a um receptor que possa não apenas percepcionar mas também adquirir a mensagem. Isto prevê que o receptor possua não apenas capacidades que lhe permitam percepcionar a mensagem, mas também que partilhe um código com o emissor, de forma a compreender, atribuir significado e adquiri-la. Esta é veiculada através de um canal, onde pode haver interferências indesejáveis (ruído sobre a mensagem) capazes de