Crise e reputação no mundo globalizado: o caso Toyota | | | | Sex, 28 de Janeiro de 2011 17:21 | A montadora japonesa Toyota conseguiu driblar a crise do ano passado e encerrou 2010 mantendo o posto de líder mundial, com 8,42 milhões de veículos vendidos. Cresceu 8% e superou por pouco a americana GM, que vendeu 8,39 milhões de unidades. Os números foram divulgados esta semana, em Detroit. Desde o fim de 2009, a Toyota convocou recalls de mais de dez milhões de carros no mundo, em consequência de diversos problemas técnicos, em particular nos pedais de aceleração, que podiam ser bloqueados, e no sistema de freio, que reagia com atraso, em uma da piores crises da história do grupo. A empresa foi lenta em responder à crise, recebeu interpelação do governo e e do congresso dos EUA e relutou em aceitar os erros. O desafio de administrar uma reputação global Artigo do especialista Peter Verrengia, publicado no ano passado, na revista japonesaKohokaigi e reproduzida no site Reputationpoint, analisa a crise da Toyota sob o prisma de uma empresa globalizada, com conceito elevado de qualidade dos produtos e que esqueceu um dos ativos mais importantes de qualquer organização: cuidar da reputação. A seguir, os principais tópicos da análise do jornalista A percepção das ações de comunicação da Toyota, sem dúvida, são um pouco diferentes nos EUA e no Japão. Infelizmente, a partir de qualquer perspectiva, o que começou como um drama se transformou em uma crise, que se define como um evento ou série de eventos que ameaçam a capacidade da empresa para conduzir sua estratégia de negócios e alcançar seus objetivos. De uma perspectiva de gestão da reputação, o principal problema da Toyota é que o seu entendimento das obrigações da empresa para o público não estavam alinhados com as percepções do público sobre as obrigações da Toyota. Isso aconteceu como resultado do sucesso da empresa e a aparente facilidade com que ela se tornou o ícone de qualidade. Mas