Comunicação em Prosa Moderna
Resumo
Juliete Lays de Almeida Melo
Nossos compêndios e manuais de língua portuguesa não costumam distinguir a dissertação da argumentação, no entanto uma e outra têm características próprias. Na dissertação, expressamos o que sabemos ou acreditamos saber a respeito de determinado assunto; externamos nossa opinião sobre o que é ou nos parece ser. Na argumentação, além disso, procuramos principalmente formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencer de que a razão está conosco.
A argumentação deve basear-se nos sãos princípios da lógica, tal como deve ser entendida, não se confunde com o “bate-boca” estéril ou carregado de animosidade. Ela deve ser construtiva na sua finalidade,cooperativa em espírito e socialmente útil. A argumentação esteia-se em dois elementos principais: a consistência de raciocínio e a evidência de fatos. Já a argumentação informal está presente em quase tudo quanto dizemos ou escrevemos por força das contigências do cotidiano. Toda argumentação consiste em essência numa declaração seguida de provas.A estrutura típica da argumentação informal em língua escrita ou falada consiste num esquema mais trabalhado composto por três ou quatro estágios: Proposição, Concordância Parcial, Contestação ou Refutação e Conclusão.
Nos casos de argumentação formal pouco difere, em essência, da informal: até sua estrutura e desenvolvimento podem ser, em parte, os mesmo.Mas a formal exige outros cuidados. A proposição, por exemplo, deve ser clara, definida,inconfundível quanto ao que afirma ou nega. Por outro lado, a proposição deve ser, de preferência, afirmativa e suficientemente específica para permitir um tomada de posição contra ou a favor. O sentido da proposição ou de alguns dos seus termos a fim de evitar mal –entendidos, a fim de evitar que o debate se torne inútil.Além da definição dos termos, importa que o autor ou orador defina também, logo de