Comunicação comparada
Mídia e poder
Meios de Comunicação de Massa (MCM), poder e influência
Os meios de comunicação de massa (MCM) têm grande poder de influência e manipulação social. Montesquieu definia a imprensa como quarto poder, logo após o legislativo, executivo e judiciário. Atualmente, na versão de Ignacio Ramonet, conforme descrito no livro A tirania da comunicação, o primeiro poder é exercido pela economia e a mídia é sem dúvida o segundo poder, e o poder político ocupa a terceira posição. Conforme aponta Marilena Chauí, é possível perceber a prática de poder dos meios de comunicação de massa (mcm) por dois aspectos principais – o econômico e o ideológico Em uma Conferência proferida por Marilena Chauí no 32º Congresso Nacional dos Jornalistas, ela apontou como esses dois aspectos influenciam na produção da comunicação, conforme mostra o discurso transcrito parcialmente a seguir: Do ponto de vista econômico, os meios de comunicação são empresas privadas, mesmo quando, como é o caso do Brasil, rádio e televisão sejam concessões estatais, pois estas são feitas a empresas privadas. Ou seja, os meios de comunicação são uma indústria (a indústria cultural) regida pelos imperativos do capital. Tanto é assim que, sob a ação da forma econômica neoliberal ou da chamada globalização, a indústria da comunicação passou por profundas mudanças estruturais, pois ―num processo nunca visto de fusões e aquisições, companhias globais ganharam posições de domínio na mídia.‖ Além da forte concentração (os oligopólios beiram o monopólio), também é significativa a presença, no setor das comunicações, de empresas que não tinham vínculos com ele nem tradição nessa área. O porte dos investimentos e a perspectiva de lucros jamais vistos levaram grupos proprietários de bancos, indústria metalúrgica, indústria elétrica e eletrônica, fabricantes de armamentos e aviões de combate, indústria de telecomunicações a adquirir, mundo afora, jornais, revistas, serviços de telefonia,