comunicaçao
"U, hum. Agora ter que aguentar esse bebo belzebu. O que é que ele me dá? Bolacha na desmancha. Porradela na canela. Eu era mais feliz antes. Quando o avião estrangeiro chegava e a gente rodava no aeroporto. (...) Casar tinha futuro, mesmo sabendo de umas que quebravam a cara. O gringo era covarde, levava para ser escrava. Mas valia. "
(FREIRE, Marcelino. Vaniclécia . In: Contos Negreiros. Rio de Janeiro: Record, 2005, p.41)
Tendo em vista o fragmento do texto de Marcelino Freire, que é um escritor de ficção e dá voz a personagens que representam pessoas de classes sociais mais pobres, é possível afirmar que as escolhas linguísticas do autor: a) são pertinentes, pois revelam uma forma de falar coerente com sua classe social e provavelmente seu pouco acesso à educação formal. b) revelam o quanto o autor Marcelino Freire sofreu em sua obra influência do autor Machado de Assis, notório por suas escolhas linguísticas coloquiais. c) são inadequadas, pois é evidente que seu narrador personagem pertence a classes sociais que usufruíram o mais possível da educação formal. d) demonstram o quanto a literatura é incapaz de criar personagens que falem de maneira coerente com seu lugar social. e) indicam o quanto essa personagem deseja mudar de classe social, usando a língua como um meio de ascensão econômica.
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PERGUNTA 2
"Ali, por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo; às vezes viam-se brilhar na sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol. Era uma onça enorme; de garras apoiadas sobre um grosso ramo de árvore, e pós suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando o salto gigantesco."
No trecho anterior, extraído do romance O guarani, de José de Alencar, destaca-se um o estilo descritivo da literatura nacionalista do século XIX. José de Alencar desenvolveu uma