Compromisso de Classe
“A emancipação humana não é algo inevitável. É somente uma possibilidade. Se realizará ou não, dependerá da luta dos próprios homens.” Tonet (2005)
Como afirmou Arnaldo Jabor: "A história de vida de Lula, saindo da miséria até a presidência da república, daria um filme. E deu". Em um país como o Brasil, principalmente naqueles anos, sair da miséria, quase absoluta, era algo excepcional. Um operário de esquerda chegar a ser presidente, um cargo que sempre foi ocupado pela elite dos partidos da direita era algo
“quase” impossível.
Gravado em Pernambuco e São Paulo, Lula o Filho do Brasil mostra a os principais pontos da trajetória do ex-presidente. Do início da sua infância, no sertão pernambucano, à periferia de Santos, onde cresceu, e por fábricas e sindicatos do ABC paulista, onde viveu intensas transformações pessoais
(como a perda da primeira mulher e do filho), e profissionais (como o emocionante discurso no estádio lotado, realizado sem sistema de som, quando 80 mil operários repetiram suas palavras para que todos pudessem ouvi-las). O filme retrata também o Brasil da época, de um lado a ditadura, com sua opressão e o autoritarismo militar, do outro a classe operária, oprimida e reprimida pelo governo e pelos donos das fábricas. É nesse cenário que Luis
Inácio da Silva, um simples operário se torna um líder sindical, e através do seu discurso firme e de acordo com a realidade e as necessidades dos trabalhadores começa a incomodar a classe dominante.
Apesar de toda crítica negativa com relação ao filme, a história de vida de Lula por si só é um exemplo, para ser observado e refletido, pois mostra de forma contundente sobre as possibilidades do homem em relação a si e a sociedade. No
artigo:
“Compromisso
de
Classe
por
uma
Sociedade
Emancipada”, a autora Inez Stampa cita Tonet (2005), que afirma que: A emancipação humana não é algo inevitável. É somente uma