Compro, logo existo?
Viver para consumir e consumir para viver. Rodeados por um sistema capitalista e na busca da “felicidade moderna”, a sociedade está cada vez mais consumista. Estamos gastamos muito e possuindo pouco. Roupa da moda, sapatos da moda, jóias, corpo perfeito, carro do ano, inovações tecnológicas e etc. Substituímos a compra por necessidade por prazer, ou também, por status e aparência. Não importa a classe que pertencemos, o ato de comprar exageradamente está em todo lugar.
A economia mundial – brasileira, em especial – está baseada na obtenção de lucro, e para isso, faz uso da mídia e demais serviços para o consumismo exacerbado. O crédito fácil e a propaganda são as principais armas e influências para o tal. A população brasileira está altamente endividada, os índices ultrapassam 50%, segundo o IBGE.
Apesar de contribuir com desenvolvimento e crescimento econômico do país, e a – ilusão da – ascensão das classes menos favorecidas, contudo o ato compulsivo por comprar coisas desnecessárias chega a se tornar um clico vicioso e alienado, tornando-se uma doença. O indivíduo passa a ser uma espécie de escravo da globalização. Isso acarreta não só problemas pessoais, mas também ambientais, tais quais como o aumento dos lixões, e sociais, como os congestionamentos nos trânsitos e valores morais deixados de lado.
Portanto, é preciso alterar o conceito de felicidade que o capitalismo implantou na sociedade atual, começando nas escolas desde a educação infantil. A criança desde cedo tem que aprender a como lidar e controlar isso. A doença do ato materialista também precisa ser reconhecida e propagada para que as pessoas se conscientizem e procurem tratamento psicológico. Não há como fugir das propagandas do dia a dia, cabe a nós, por meio de nossa consciência, ignorá-las.