COMPREENDER AS ORGANIZACOES
CONTRIBUTOS SOCIOLÓGICOS E MODELOS DE GESTÃO
Ana Mafalda Matias
Docente do Curso de Comunicação Social
ESEV
Nas sociedades contemporâneas, quase toda a nossa vida se desenvolve no seio de organizações de variados tipos; de facto, um dos fenómenos mais característicos a que a humanidade tem assistido desde a descoberta da máquina a vapor é o notável aumento – em número, tamanho e complexidade – das estruturas organizacionais.
(Gómez e Rivas, 1989). Como discorre Chiavenato (1994: 54), “o homem moderno passa a maior parte do seu tempo dentro de organizações, das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu salário, curar suas doenças, obter todos os produtos e serviços de que necessita (...)”. Sejam quais forem os objectivos que perseguem – educacionais, religiosos, económicos, políticos, sociais, as organizações envolvem os indivíduos em “redes”, tornando-os cada vez mais dependentes das actividades que levam a cabo. Uma das razões que explicarão a sua enorme proliferação e variedade no mundo moderno é o facto de só através destas estruturas poder ser satisfeita a maioria das necessidades humanas: é mediante a cooperação e a conjugação de esforços que é possível, ou pelo menos mais fácil, atingir objectivos.
Deste modo, actuando as organizações em variados campos de actividade de forma crescentemente complexa, o seu estudo e análise também se desenvolveram com celeridade, surgindo teorias organizacionais que permitem compreender o seu funcionamento como sistemas de acção. Para alguns autores, aliás, tal deve constituir um dos objectivos prioritários das ciências sociais, assumindo-se este campo de pesquisa como lugar de convergência para investigadores e técnicos. (Crozier, in March e Simon, 1991).
Uma conceptualização teórica, passível de nos familiarizar com o tema, abordará as organizações como sendo sistemas estáveis de indivíduos orientados para a coordenação planeada de actividades, com vista à consecução de