Compostagem
1. FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE COMPOSTAGEM APLICADO AO TRATAMENTO DE BIOSSÓLIDOS
Após a utilização da água e sua consequente transformação em esgoto, as estações de tratamento concentram a poluição remanescente no lodo, antes de devolver à natureza os efluentes tratados. O lodo é, portanto, o último resíduo do ciclo urbano da água. Quando o lodo produzido no sistema de tratamento de esgotos sanitários é utilizado de forma útil, ele pode ser chamado de “biossólido”, como preconiza a Water Environmental Federation (WEF).
O lodo de esgoto é um resíduo sólido de composição variável, rico em matéria orgânica, que é separado da fase liquida nos processos de tratamento através de decantação ou de flotação.
Estima-se que a produção de lodo no Brasil está entre 150 a 220 mil toneladas por ano.
À medida que as redes de coleta de esgoto são ampliadas e são implantadas novas estações de tratamento, a produção de lodo aumenta.
A correta gestão desse resíduo é, portanto, um problema ambiental e sanitário relevante.
Dentre as principais alternativas de tratamento e destino final do lodo, a reciclagem agrícola é uma das práticas bastante utilizada, pois transforma o lodo em um insumo agrícola, contribuindo assim para fechar o ciclo bioquímico dos nutrientes minerais, fornecendo matéria orgânica ao solo, estocando assim, o carbono na forma de compostos estáveis e não liberando o CO2 na atmosfera, que contribui para aumentar o efeito estufa.
Quando usado como insumo agrícola o lodo passa a ser fonte de matéria orgânica, micro e macronutrientes para o solo, conferindo-lhe maior capacidade de retenção de água, maior resistência à erosão, com diminuição do uso de fertilizantes minerais e possivelmente propiciando maior resistência das plantas a fitopatógenos.
Pelo fato do lodo também conter microrganismos patogênicos, sua disposição no solo, sem qualquer tratamento, pode colocar em risco a saúde pública. A compostagem é uma alternativa