COMPORTAMENTO & SAÚDE

Muito se tem discutido sobre as necessidades de reformulação do monitoramento das condições da saúde e o desempenho do sistema de saúde. Na década de 1960, foram desenvolvidos nos países industrializados, os inquéritos populacionais contínuos, são instrumentos utilizados para a formulação e avaliação das políticas públicas.

Através dos inquéritos de saúde é possível coletar dados para construir indicadores associados à saúde e não apenas às doenças, assim como sobre os fatores de riscos e os determinantes sociais do processo saúde/doença. Tais instrumentos e métodos constituem-se numa forma rápida de unir dados originados por diferentes iniciativas sobre as mesmas pessoas ou domicílios, sendo bastante eficazes para identificar subgrupos populacionais e caracterizar sua situação de saúde.

Frequentemente os inquéritos de saúde incluem módulos referentes ao acesso e utilização de serviços de saúde, gerando informações fundamentais para a análise do acesso e utilização de serviços de saúde por áreas geográficas segundo características demográficas, sociais e de saúde.
Existem dois tipos de dados que são mais comumente coletados. O primeiro diz respeito ao volume de uso de serviços de saúde num período de mais longo prazo, em geral 12 meses. A partir daí, são gerados indicadores do tipo número de consultas médicas, ou consultas odontológicas anuais para determinados grupos. Os inquéritos também informam se os serviços utilizados são regularmente o mesmo, sendo este dado considerado também uma expressão do acesso. O segundo tipo de dado coletado considera a utilização mais recente de serviços de saúde, ocorrida, em geral, nos últimos 15 ou 30 dias.
Os dados dos inquéritos populacionais originados em geral de amostras probabilísticas necessitam de tratamento estatístico adequado, já que as estimativas dos parâmetros populacionais são baseadas no tipo de desenho amostral. Sua divulgação precisa ser acompanhada de informações necessárias para que as análises sejam