Complexo Golgiense
-DESCOBERTA
Devido ao seu tamanho relativamente grande, o complexo de Golgi foi uma das primeiras organelas celulares a ser descrita e observada em detalhes. A estrutura foi descoberta em 1898 pelo médico italiano Camilo Golgi, durante uma investigação sobre o sistema nervoso. Inicialmente, logo após observar a estrutura em seu microscópio, ele a chamou de aparelho reticular interno. A organela foi então rebatizada em sua homenagem não muito tempo após o anúncio de sua descoberta em 1898. No entanto, algumas dúvidas sobre essa primeira descrição foram levantadas, argumentando-se que a aparência da estrutura era, na verdade, apenas uma ilusão de ótica criada pela técnica de observação utilizada por Golgi. Com o desenvolvimento de microscópios modernos no século XX, a descoberta foi confirmada.
-ESTRUTURA
Encontrado no interior do citoplasma de células vegetais e animais, o complexo de Golgi é composto de pilhas de dobras de membranas interligadas formando estruturas conhecidas como cisternas. Uma pilha individual é muitas vezes chamada de dictiossomo, especialmente em células vegetais. Uma célula de um mamífero contém tipicamente 40 a 100 pilhas desse tipo. Entre seis a vinte cisternas são normalmente presentes em uma pilha, no entanto, em alguns protistas esse número pode chegar a sessenta. Cada cisterna compreende um disco de membrana plana, fechada, que inclui enzimas especiais que modificam ou ajudam a modificar proteínas que são transportadas através da estrutura.
A pilha de cisternas tem quatro regiões funcionais: a rede cis-Golgi, medial-Golgi, endo-Golgi e trans-Golgi. A face trans é a face côncava, que libera vesículas para a membrana plasmática, enquanto a face cis é convexa, recebendo vesículas transportadoras provenientes de outras organelas intracelulares. Cada região contém enzimas diferentes que seletivamente modificam o conteúdo, dependendo de onde eles residem. As cisternas também carregam proteínas estruturais