Complexidade e transdisciplinaridade
Américo Sommerman Centro de Educação Transdisciplinar - CETRANS
Apresentação no
I Encontro Brasileiro de Estudos da Complexidade 11 a 13 e julho de 2005, Curitiba Pontifícia Universidade Católica do Paraná
No auge do reducionismo e da hiperespecialização dele decorrente nas primeiras décadas do século XX, o paradigma da simplicidade da física clássica e as idéias centrais postuladas pela ciência moderna: a da separação total entre o indivíduo observador e objeto observado, a do universo regido pela ordem e obedecendo a lógica aristotélica começam a ser derrogados com a constatação, pelas ciências naturais, da complexidade, da desordem, de lógicas dos sistemas que violavam os princípios da lógica clássica. Além disso, a própria premissa do reducionismo: a existência de um único nível de realidade, foi invalidada. O pensamento reducionista defendia a posição epistemológica de que era possível explicar todos os objetos, fenômenos e sistemas a partir da redução deles à suas partes mais simples e elementares e da compreensão dessas partes. Isso gerou uma hiperespecialização crescente que trouxe perdas, benefícios, transformações e, paradoxalmente, novas aberturas: 1) A perda de uma visão da globalidade produziu desequilíbrios e destruições no âmbito do sujeito, no da natureza e empobreceu a relação entre ambos. 2) O enorme desenvolvimento tecnológico do século XX produziu desequilíbrios e destruições, mas também trouxe vários benefícios para uma parte da população mundial. 3) As ciências naturais se desenvolveram de maneira exponencial e encontram dados que derrogavam as idéias fundamentais da ciência moderna e da epistemologia reducionista, gerando novas idéias e conceitos contraditórios, concorrentes e complementares aos que norteavam a ciência. 4) As disciplinas foram conduzidas às fronteiras com as outras disciplina, suscitando transferências de conceitos e de métodos e as abordagens e as metodologias pluri e