Competencia da ISO
Gilberto Carlos Fidélis e Matheus de Medeiros
Não é difícil assumir que somos competentes para executar determinadas atividades e incompetentes para outras. Mas, afinal o que é ser competente? Quando iniciamos uma vida profissional, tendemos a nos especializar em determinadas áreas. Existem profissionais da engenharia mecânica que se especializam em solda, projetos, metrologia, entre outras. Assim, vale dizer, que não há como exigir competência em projetos de engenheiro especialista em metrologia. A tendência natural é que ele seja incompetente em projetos. Mas em metrologia deverá ser um profissional capaz. Existem especialistas em metrologia incompetentes na avaliação de incerteza de medição? Sim, claro que sim.
O princípio número um e fundamental da competência é saber fazer. Um profissional pode ser considerado competente, quando ele consegue agregar o seu conhecimento à experiência e habilidades, para "fazer" (realizar) uma atividade com sucesso. Diante do exposto, vejamos o conceito apresentado na NBR ISO 19011:
Competência: Atributos pessoais demonstrados e capacidade demonstrada para aplicar conhecimentos e habilidades.
É importante destacarmos que a pessoa competente é capaz de aplicar seus conhecimentos e habilidades. Conhecemos alguns professores, que têm excelentes conhecimentos dos temas que ministram, mas que não conseguem transmiti-los adequadamente. Em conseqüência, os alunos não se motivam e o processo ensino-aprendizagem não evolui satisfatoriamente. Podemos afirmar que, neste caso, temos um profissional incompetente para lecionar, embora seja competente com relação ao seu conhecimento do tema.
Analisando o título da norma NBR ISO IEC 17025, Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração, fica evidente que o laboratório somente atenderá plenamente aos requisitos da norma, se for capaz de demonstrar a sua competência para executar serviços de calibração e/ou