COMPENSAÇÃO ANGULAR
COMPENSAÇÃO ANGULAR E REMOÇÃO DA COMPONENTE DE
SEQÜÊNCIA ZERO NA PROTEÇÃO DIFERENCIAL
DE TRANSFORMADORES
Por Rafael Cardoso
I. INTRODUÇÃO
O princípio da proteção diferencial é de que a soma das correntes que entram na zona de proteção deve ser igual à soma das correntes que saem desta zona.
A zona de proteção é definida como a região entre os transformadores de corrente, como ilustra a figura 1:
1 p.u.
1 p.u.
Dispositivo
Protegido
1 p.u.
1 p.u.
Iop = 0 p.u.
Figura 1- Zona de proteção
No caso de um transformador como dispositivo protegido, a correta operação da proteção diferencial requer que as correntes do primário e secundário medidas pelo relé diferencial estejam em fase. Por exemplo, em um transformador conectado em delta/estrela, as correntes dos enrolamentos estarão defasadas 30° entre si. Se não houver uma compensação deste defasamento, o relé entenderá como uma condição de falta e irá portanto operar. A correção do defasamento deve sempre ser considerada.
II. COMPENSAÇÃO ANGULAR
Em algumas conexões de transformadores de potência, as correntes do lado primário não estão em fase com as correntes do secundário. Por exemplo, a figura 2 mostra um transformador com conexão delta no primário (enrolamento
1) e conexão estrela no secundário (enrolamento 2).
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Figura 2 - Transformador Delta-Estrela
A corrente no enrolamento 1, IA-IB, está adiantada em 30° da corrente do enrolamento 2. Com relés eletromecânicos, a compensação da diferença angular era feita na conexão dos TCs, ou seja, os TCs do lado estrela do transformador eram conectados em delta e os TCs do lado delta do transformador eram