Comparação dos programas nacionais de construção naval: EUA, União Europeia e Brasil
Construção Naval e Offshore
Rio de Janeiro, 15 a 19 de Outubro de 2012
Comparação dos programas nacionais de construção naval: EUA, União
Europeia e Brasil
James Manoel Guimarães Weiss
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Resumo:
Em função do comportamento cíclico e volátil do mercado mundial de transportes marítimos, governos nacionais costumam estabelecer programas de incentivos econômicos e tecnológicos visando manter a estabilidade das cadeias produtivas locais de construção naval. A União
Européia e os EUA mantém importantes programas nesse sentido. O trabalho examina os objetivos, o enfoque, a estrutura de funcionamento e alguns resultados alcançados por esses planos nacionais de desenvolvimento da indústria de construção naval. O objetivo é comparar a experiência internacional com os programas de industrialização conduzidos no Brasil, apontando algumas questões que aparentemente ainda não foram incorporadas ao planejamento nacional, entre elas: o desenvolvimento da capacidade de engenharia das empresas integradoras, o envolvimento de projetistas e especialistas em tecnologia marítima e o efetivo incentivo ao desenvolvimento da cadeia de fornecedores de equipamentos marítimos.
1 – Introdução
Análises de longo prazo da economia mundial mostram que desde os anos 1950, o mercado de construção naval tem evoluído segundo ciclos que alternam grande expansão seguidos de forte retração econômica. Estes ciclos são determinados por fatores macroeconômicos conjunturais, tais como a evolução do PIB mundial e as oscilações do comércio marítimo internacional. Em função do comportamento volátil do mercado, governos nacionais costumam estabelecer diversas formas de incentivos econômicos visando manter a estabilidade das empresas de construção naval. Essas intervenções têm sido justificadas por questões de segurança nacional (EUA e
Europa), falhas de mercado (Japão e Coréia do Sul), e