Companhia de Mocambique
Conceito Companhias Majestáticas são as grandes companhias que recebiam permissão de sua majestade: eram autorizados directamente pelo rei de Portugal a explorar as terras do seu domínio e a conceder terras a pequenas companhias (concessionarias).
Origem
Para NEWITT (2012:330), A origem da companhia de Moçambique remonta à concessão de minério e madeira que Paiva de Andrada obteve em 1878. Naquela altura uma grande parte desta região esteva por explorar ou nas mãos de chefes militares afro-português e Andrada iria passar a década seguinte a explorar a sua concessão e a tentar, a ajuda de Manuel António de Sousa, coloca-la sob o controlo português.
De acordo com SERRA (2000:303), A formação da companhia de Moçambique foi resultado de um longo processo que remota a 1878, altura em que Joaquim Carlos Paiva de Andrade, oficial do exército Português, organizou a société des fondateurs de la compagnie Générale du Zambeze, a quem foram feitas largas concessões na região do rio Zambeze.
Da actividade dessa companhia contam-se alguns trabalhos de exploração nas minas de carvão de Tete. Em 1883, entrou em falência, congregando novos financiadores, Paiva de Andrade criou, depois a Companhia de Ophir, que beneficiou em Fevereiro de 1884, da concessão de exploração exclusiva das minas de Manica e Quiteve. Também não tardou em entrar em bancarrota, principalmente por insuficiência de capital. Contudo Paiva de Andrade conseguiu aliciar outras entidades financeiras entre as quais o conhecido escritor Português Oliveira Martins, com quem formou a 1ª companhia de Moçambique com um capital subscrito de 200 mil Libras. Em Dezembro de 1888, recebeu do Governo Português a concessão de mineiros na Bacia de Búzi e de Pungué. Em 1889, a Companhia de Moçambique elevou o seu capital social para 400 mil Libras, sendo a grande parte do terreno da concessão pertença o Estado de Gaza, desde as invasões Nguni entre 1836 e 1845, a companhia