Compagnon
Sobre o capítulo "O Leitor", de Antoine Compagnon
Por Aparecido de J. Silva
Antoine de Compagnon faz uma abordagem dos principais literatos do século XIX e XX, os quais em sua grande maioria ignorava o leitor. Para Compagnon, a corrente que mais excluía o leitor foi "New critics" de americanos de entre guerras. Essa corrente defendia uma leitura analítica do texto; segundo o autor, ela foi a corrente que mais se aproximava de Mallarmé, que argumentava que a obra não precisa do leitor e nem do autor, ela existe por si mesma: "um poema não deve significar, mas ser".
Percebe-se em Mallarmé uma preocupação com a estrutura e com a objetividade do texto, ou seja, a obra atingir um fim, cabe ao leitor apenas acompanhar o raciocínio e ser conduzido. O leitor não podia sair do texto, a leitura devia ser fechada, a interpretação deveria ser apenas com base na obra ou seja em si mesma. Richards, um filosofo da New Criticis, após fazer pesquisas com seus alunos sobre leituras de poemas, chegou a conclusão de que, diferentemente da argumentação de outros autores, a educação era o problema principal da má leitura e da má compreensão das obras; o problema, é que os leitores não estavam preparados para uma leitura empírica e que esse problema precisava ser corrigido.
O autor fala um pouco de três correntes, estruturalista, a qual buscava entender o objeto de estudo como um todo, em uma relação sistêmica e funcional, a corrente formalista, colocava todo o peso nos livro nos códigos, argumentando que todo leitor é capaz de decifrá-los e os positivistas, que se desejava científico com métodos de leituras, essas correntes eram seguidas por grandes nomes da teria literária. A teoria literária, não obstante, no início deixou o seu principal parceiro de lado, ou seja o leitor, isso porque ela foi fundada pela corrente estruturalista a qual preocupava-se com as formas, com as estruturas e menos com o leitor.
O leitor