como a primeira guerra influenciou o mundo das artes
Com a deflagração do conflito e todas as perdas que ele gerou, essa impressão começou a perder a sua hegemonia. O lugar que outrora ocupava o topo de uma imaginada hierarquia do processo civilizatório passou a ser tomado por outras compreensões. Afinal de contas, se aquele era o “exemplo a ser seguido”, como a violência desta guerra, as destruições e milhares de vidas ceifadas poderiam representar todo este ideal positivo? A relevância e a força desta questão acabaram tomando os anos que sucedem a guerra e, paulatinamente, ganharam manifestações diversas.
Em geral, termos como harmonia, beleza, complexidade, estranheza são aqueles que melhor se aproximam do antigo valor europeu concedido às manifestações artísticas. Afinal, em um mundo marcado pelo trauma das guerras, das mortes e epidemias, qual seria a possibilidade ou o sentido de se privilegiar uma arte somente preocupada com o belo? Com isso, ao destacar que a roda da instalação não serviria para andar e nem a cadeira para sentar, temos colocado diante dos olhos a provocação realizada por Duchamp. Seguir os padrões que eram costumeiramente atribuídos às coisas parecia não fazer sentido, pois o mundo criado por estes padrões estava em completa crise. Além de determinar um sentido crítico ao presente, a obra também pode sugerir a procura de uma nova forma de ordenar, sentir e compreender a realidade.
Vanguardas Europeias
As vanguardas europeias são os movimentos culturais que começaram na Europa no início do século XX, os quais iniciaram um tempo de ruptura com as estéticas precedentes, como o Simbolismo.
Nesse período, a Europa estava em clima de contentamento diante dos progressos industriais, dos avanços