Como a juventude brasileira se relaciona com a religi o
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12/06/2007 - 12:50 | carrano religião por Solange Rodrigues*
Como jovens de hoje se relacionam com a religião? A juventude está de fato mais afastada das religiões na atualidade? Que processos conduzem à adesão ou à desfiliação religiosa dos jovens? As diversas opções presentes no universo religioso brasileiro atraem a juventude? Que estratégias as instituições religiosas acionam para atrair e congregar os jovens? Quais são as crenças e práticas religiosas da juventude contemporânea? Quais as conseqüências sociais e políticas de sua experiência mística? É possível combinar liberdade de pensamento e de expressão, questionamento, atitudes que costumam ser associadas à juventude, com o rigor exigido pelas religiões e com suas certezas absolutas? Como os jovens deste início de século assumem e reelaboram significados, rituais e princípios oferecidos pelos diferentes sistemas religiosos?
Cada uma dessas questões mereceria uma discussão profunda e poderia ser objeto de um artigo específico. Aqui aponto alguns aspectos gerais dessa problemática sociológica. Nunca é demais lembrar que Marx, Weber e Durkheim, considerados como fundadores de nossa disciplina, de algum modo analisaram as relações recíprocas entre religião e sociedade. Mas voltemos às nossas perguntas iniciais. Elas não admitem respostas apressadas e absolutas, tanto pela diversidade que atravessa a juventude brasileira atual, quanto pela dinâmica que vem imprimindo profundas transformações no campo religioso em nosso país nas últimas décadas.
Já se tornou corrente o uso do termo “juventudes,” no plural, para reconhecer diferenças e desigualdades que marcam a experiência social dos jovens, com relação a gênero, cor de pele/etnia, classe social, orientação sexual, escolaridade, local de moradia (campo/ cidade, centro/periferia), situação familiar,