como vim parar em letras
Tenho uma família de professores, mãe, vó, tia, primos. Sempre estive ciente da realidade da profissão, e isso nunca me agradou muito. Todos perguntavam-me sempre: ''Você também vai virar professora?" Aquilo me aguniava, até irritava. E o porquê disso era simplesmente porque não sabia a resposta, a princípio não queria, nunca, jamais, never. Mas a dúvida bateu quando chegou a época de prestar vestibular, sabia que não gostava de exatas, nem de mais nada. A única coisa que queria fazer era ser voluntária em um hospital para crianças, mas até onde eu e minha família sabiamos isso não é profissão. Mesmo nunca sendo muito fã da língua portuguesa (a matéria, a língua em si acho belíssima) sempre foi a matéria em que tirava as melhores notas, sempre tive ótimos professores e uma grande facilidade de compreender e interpretar a matéria(acho que devo isso as longas férias debruçada sobre os Harry Potters e as Mônicas). Enfim, embora eu seja boa nisso, eu nunca havia pensado antes em fazer Letras, nunca. Minha mãe sempre pensou que eu ia acabar no Direito, eu também, minha vó sonhava mais, ela queria coisas como Oceonografia e meu padrasto até me sugeriu virar aéromoça. Mas nada daquilo me chamava muita atenção. Mas eu tinha uma carta na manga, minha mãe me obrigara a estudar a língua inglesa desde os nove anos, mas não em qualquer cursinho da cidade, o melhor, aquele que a filha do prefeito estudava, alías sempre foi assim, minha família não é, e nem nunca foi, muito abastada, mas eles sempre fizeram questão de me colocar nos melhores colégios, onde a elite estudava. Sempre estudei no Maria Montessori, a tradição ali era enorme, lá conheci a vida da classe AA que realmente se preocupava com educação, mas quando não dava mais para pagar tive que ir para o Paulo Freire, o nível caiu drasticamente, mas infelizmente minha família não podia mais me bancar no Montessori. Mas continuava firme no Red Balloon, minha outra família, lá realizei meu