Como Se Faz Um Esquema

COMO SE FAZ UM ESQUEMA?1
Nayara Araujo Duarte2

Palavras iniciais
A solicitação de atividades de leitura e escrita de textos acadêmicos provoca, muitas vezes, incômodo em grande parte dos alunos, em geral, por não conseguirem atribuir sentido ao que lhes é exigido.
De modo geral, os alunos apresentam dificuldades na escrita, pois a habilidade de leitura está comprometida tanto pelas lacunas presentes desde a educação básica, chegando à universidade, quanto por outros motivos da vida social desses alunos, levando à má compreensão dos textos lidos. Por isso, em uma tentativa de desenvolver essa habilidade, o gênero esquema foi estudado em uma disciplina de Língua
Portuguesa, no curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Campina
Grande, como anterior ao gênero resumo acadêmico (a propósito desse último gênero, vide o capítulo 3 deste livro). A escolha por esses gêneros se justifica pelo fato de que o primeiro subsidia o segundo na seleção das ideias centrais do texto, ou seja, a produção do esquema pode ajudar no processo de compreensão da leitura do texto-fonte (TF).
O esquema é um gênero que está inserido no entremeio dos gêneros orais e escritos, pois pode servir de base para uma apresentação de um trabalho escolar, ou de uma palestra, por exemplo; ou ainda, ajudar o alunos a otimizar a leitura de um livro, objeto de uma prova. O gênero esquema é, portanto, uma estratégia de seleção de ideias centrais seja para um gênero oral, seja para um escrito. (PEREIRA & SILVA, s/d)
Neste capítulo, consideramos o esquema como um gênero que pode se configurar como uma estratégia de sumarização de leitura de um TF, aqui o artigo de pesquisa. É escrito em forma de tópicos objetivos, geralmente organizados por números ou marcadores, que recuperem as ideias centrais do texto lido, de modo que a partir dele, o leitor possa reconstruir sua essência, independentemente da leitura deste.
Buscando caracterizar o gênero esquema, Pereira & Silva (s/d, p. 757) afirmam que “O