COMO SE FAZ UM DE DNA Além de ser responsável por definir nossas características físicas, o DNA também serve como uma "impressão digital" – com ele, é possível dizer quem somos, no caso de necessidade de identificação, e de onde viemos, para tirar dúvidas sobre paternidade, por exemplo. Na realidade, os cientistas ainda não terminaram o mapeamento completo do DNA humano, definindo que parte codifica cada característica. Mas já é possível determinar semelhanças e diferenças apresentadas no código genético de cada pessoa – apenas 1% do DNA varia de um indivíduo para o outro. Para os testes de paternidade, o DNA, que fica dentro do núcleo de todas as células do corpo humano, é geralmente obtido por meio de amostras de sangue do filho, da mãe e do possível pai – o exame também serve para identificar uma dúvida sobre "maternidade". Cintia Fridman, professora do departamento de medicina legal da Faculdade de Medicina da USP, diz que qualquer material biológico poderia ser usado, mas o sangue é o mais comum. Com ele você consegue uma quantidade maior de DNA. Às vezes, você nem precisa tirar da veia: o sangue pode ser retirado da ponta do dedo, com aquela "canetinha" usada para exames de diabetes. Uma boa alternativa é a saliva. Os trechos usados nesses exames não são genes, ou seja, não trazem a "receita" para a produção de qualquer proteína ou característica física do corpo – esses pedaços podem servir apenas para questões estruturais da própria molécula de DNA, por exemplo. Cintia diz que isso acontece, entre outras razões, por questões éticas. Os técnicos, então, usam substâncias capazes de romper as membranas das células, para coletar o material genético presente nelas. Depois, o DNA passa por um processo de "amplificação", para aumentar a quantidade presente nas amostras. Para fazer o teste, são analisados entre 13 e 19 trechos do DNA que variam bastante de pessoa para pessoa. As longas cadeias de DNA são formadas por pequenos