como os peixes nadam em cardumes
Eles usam a visão, a audição e um eficiente sistema chamado de linha lateral, que detecta mínimas variações de pressão na água. É ele que permite a sincronia perfeita de movimentos entre os membros do grupo. Acredita-se que pelo menos 50% das variedades conhecidas de peixes, como atum e sardinha, se agrupem em cardumes. “Essa é uma especialização surgida provavelmente como meio de defesa contra predadores”, diz o biólogo Leandro Sousa, mestre em ictiologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Nadar em bando também ajuda na busca por alimentos e na reprodução. “O grupo amplia o número de parceiros disponíveis e reduz a chance de predação dos ovos”, diz o biólogo Cristiano Moreira, doutor em ictiologia pela USP. O tamanho dos cardumes varia. Eles podem contar com poucos integrantes – basta olhar os peixes num aquário – ou, como no caso dos arenques, agregar milhões de indivíduos, atingindo mais de 1 quilômetro de extensão. Leia abaixo algumas curiosidades sobre essa impressionante habilidade dos peixes. :-)
SEXTO SENTIDO
Além de contar com sentidos como a visão e a audição, os peixes possuem um auxílio extra, a linha lateral, que permite que eles nadem em sincronia em cardumes
A linha lateral consiste em um sistema de canais sob as escamas, que se estende da cabeça – onde circunda vários ossos – até a cauda do peixe, de ambos os lados.
Esses canais contam com dezenas de pequenos orifícios. À medida que o peixe nada, a água entra pelos furinhos e percorre toda sua extensão antes de sair.
Nas paredes internas dos canais, há células nervosas, chamadas de neuromastos, que captam a variação de pressão da água. Se ocorre um distúrbio do lado esquerdo da cauda, por exemplo, os neuromastos daquela área são ativados mais intensamente que os demais.
Um impulso elétrico é enviado do neuromasto por fibras nervosas até o cérebro. Ao ler os sinais de