Como obter sucesso em uma empresa familiar
No Brasil, 90% das empresas são familiares, mas 70% dos negócios desaparecem com a morte do fundador. Entretanto, essa realidade tende a mudar com a globalização da economia, que força a empresa familiar a se profissionalizar para sobreviver à competição selvagem do mercado.
Na maioria das vezes, a mudança se faz realmente necessária, pois os números não estão a favor dos herdeiros. Somente entre 10% e 15% das empresas familiares conseguem chegar à terceira geração e só 4% conseguem ultrapassar os 100 anos.
E o momento de profissionalizar as empresas familiares brasileiras é agora. Grandes fundos de private equity estão traçando um cenário de crescimento consistente para os negócios nos próximos anos. Para a Gávea Investimentos, o país tem mais de três mil empresas com potencial de receber aportes da indústria de private equity.
Até os bancos já perceberam que empresas familiares necessitam de assistência especializada. O Santander oferece consultoria jurídica para empresas de origem familiar de forma a ajudar as companhias a profissionalizar sua gestão.
“A maioria não tem plano de sucessão, não adota conceitos de governança e nem pensa em abrir capital. Por isso orientamos essas empresas a se estruturarem em torno de um conselho familiar, uma sociedade holding, criar um acordo de acionistas e assumir as regras de governança corporativa”, explica a diretora do Santander Private Banking, Maria Eugênia Lopez.
Mas claro que nem tudo é ruim no formato familiar de gestão. Há muitas vantagens. Personalização da maneira de administrar, agilidade na tomada de decisões, maior participação dos funcionários são algumas das características das empresas com gestão familiar.
Para o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e consultor do Sebrae no Paraná, Oswaldo Santos, o negócio familiar inspira um maior cuidado e lealdade dos funcionários. “As relações familiares podem gerar motivações não usuais, estimular uma