Como nietzsche compreende o intelecto, verdade e erros relacionados como o conhecimento

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Usando o artifício de uma fábula possível, Nietzsche imediatamente nos propõe a tese da relatividade do conhecimento humano e, em decorrência disso, a tese da indigência da pretensão e da arrogância dos filósofos quando estão movidos pelo pathos da verdade. Aquilo que o filósofo tem como mais sagrado, isto é, o intelecto, era para Nietzsche fugidio, transitório e com um horizonte muito limitado.
Para Nietzsche, o intelecto enquanto meio de conservação do indivíduo, desenvolve o essencial de suas forças na dissimulação, pois esta é o meio de conservação dos indivíduos mais fracos e menos robustos, na medida em que lhe é impossível enfrentar uma luta pela existência. O homem é o gênio da arquitetura, ou seja, aquilo que o caracteriza enquanto homem é exatamente este intelecto que ele carrega com tamanho orgulho e obstinação, e que é ao mesmo tempo o mestre da dissimulação, cuja tarefa específica é metaforizar o mundo em sons, palavras e conceitos, de modo a não somente tentar capturar o mundo, mas sobre tudo aparelhá-lo de tal maneira que ele possa existir mais um minuto sobre a terra.
Sobre a verdade Nietzsche diz que ela se expressa através das palavras, pois o pensamento só pensa com palavras, e essas são metáforas a que nada corresponde do real: o processo da metaforizarão se dá no salto indevido de um impulso nervoso a uma imagem e do salto indevido da imagem ao som. É absurdo estabelecer uma relação de causalidade entre coisas de natureza diversa, como são o impulso, a imagem e o som; como é também um absurdo estabelecer uma correspondência entre sujeito e objeto pelas mesmas razões. Os conceitos, por sua vez, que são os meios através dos quais a filosofia e a ciência pretendem dizer a verdade das coisas são já e desde sempre metáforas construídas através da identificação do não idêntico.
É descoberta uma designação uniformemente válida e obrigatória das coisas, e a legislação da linguagem vai agora fornecer também as primeiras leis da verdade, pois, nesta

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