Como montar uma empresa
PREFÁCIO
Um salto de qualidade
A
evolução da humanidade marcou-se por alguns pontos de inflexão, síntese e causa de transformações que condicionaram o futuro e o desenvolvimento das sociedades. Quando nossos remotos antepassados aprenderam a construir ferramentas e utensílios, quando deixaram de sobreviver da coleta e passaram a cultivar a terra e a criar animais, quando descobriram formas de trabalhar os metais, de orientar-se pelas estrelas, de conservar alimentos, de curar ferimentos e doenças, de difundir informações e conhecimentos – atos aparentemente simplíssimos aos olhos do homem moderno – estavam, na verdade, promovendo saltos de qualidade na caminhada em direção ao aprimoramento de suas vidas e da própria espécie.
Passo a passo, numa lenta progressão cujos efeitos se contabilizam aos milênios, o homem chegou a este limiar do século XXI da Era Cristã. Hoje vivemos o mundo da velocidade, da agilidade requerida pelas sociedades, cada vez mais competitivas. Mas o princípio é o mesmo: a evolução é lei do mundo. O imobilismo redunda em retrocesso.
Sociedades inteiras já pereceram vitimadas pela estagnação.
Em nossa era, a humanidade viveu um desses saltos qualitativos que, até hoje, produz efeitos: a revolução industrial do século passado, pela qual ingressamos na era da máquina, ou seja, da substituição do esforço físico do homem pela força motriz, rapidamente multiplicada e disseminada pelo aperfeiçoamento mecânico, pela descoberta de novos e mais eficientes combustíveis, pela adaptação do próprio convívio social aos novos conceitos impostos pela mecanização.
Muitos dos mais atentos observadores das transformações operadas nesta segunda metade do século XX garantem que estamos vivendo, hoje, uma revolução tão importante quanto a ocorrida há cem anos. Ela é diferente na amplitude - praticamente nenhuma parcela da humanidade está excluída de seus efeitos, positivos ou não; distingue-se também