Como lidar com a morte na escola
MAGISTÉRIO- EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS
FTM da Filosofia da Educação Clévio
Anelise Dick 3301 Mag.
Como lidar com a morte na escola
Apesar de ser um assunto delicado, falar da morte é importante. Saiba como professores e educadores devem agir quando ela atinge diretamente a escola
Crianças morrem. Por mais que isso desafie a lógica da vida. Pode ser uma doença grave, um acidente, um episódio de violência urbana. E, se a morte é traumática para todas as idades, quando acontece com crianças, é ainda mais difícil de ser entendida e, principalmente, explicada para as outras crianças. "Quando bem pequenas, as crianças acreditam que a morte é reversível. Depois, percebem que não é, mas muitas vezes acham que apenas os velhos morrem. Por isso, quando há uma morte na escola, o assunto precisa ser tratado de forma muito delicada", afirma Aline Fávaro Dias, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Dom Bosco de Americana (SP).
Mas nem todas as escolas estão preparadas para lidar com situações que envolvem a morte de um aluno. Para a psicóloga e psicopedagoga Ana Cássia Maturano, o mais importante é falar do assunto e jamais agir como se nada tivesse acontecido. "A criança tem curiosidade, sofrimentos, dúvidas. Elas têm necessidade de conversar para elaborar o sentimento de luto e, assim, superar o trauma", afirma. De acordo com Ana Cássia, as crianças precisam de um momento para chorar a morte tanto quanto os adultos. Dentro desse processo de elaboração do luto, não é só o diálogo que é importante. Dependendo da reação dos alunos da escola, pode-se organizar uma homenagem ao aluno morto. E um acompanhamento psicológico é indispensável, principalmente quando a morte - ou as mortes - está em um contexto de tragédia, como em casos de desastres naturais.
Em casa, os pais também devem abordar o assunto, mas sempre observando as necessidades da criança. "Se ela demonstrar curiosidade,