Como fazer amigos e influenciar pessoas
Cedo descobriram que, para quem aspira a "usar o quepe de comandante" e dirigir a nau dos negócios, -personalidade e habilidade no falar são mais importantes que o conhecimento dos verbos latinos ou um diploma da Harvard.
O anúncio do New York Sun prometia que a reunião no
Hotel Pensilvânia seria muito interessante.
E foi..
Dezoito antigos alunos foram alinhados diante do altofalante
- e a quinze deles foram dados precisamente 75 segundos, a cada um, para que narrassem suas histórias. Passados 75 segundos de conversação o gongo soava e o presidente dizia:
"Tempo! Venha o orador seguinte".
A reunião teve uma movimentação rápida, assemelhando-se à passagem de uma manada de touros por uma planície. Os espectadores permaneceram durante uma hora e meia atentos aos relatos feitos.
Os oradores apresentados constituíam bem uma seção completa da vida comercial americana: um diretor de lojas reunidas
(chain-stores); um padeiro; o presidente de uma Associação Cornercial; dois banqueiros; um agente de seguros; um contador; um dentista; um arquiteto; um farmacêutico, que viera de India nápolis a Nova York somente para seguir o curso; um advogado vindo de Havana com o fito exclusivo de se preparar para fazer um discurso importante em três minutos.
O primeiro orador usava o nome irlandês Patrick J.
O'Haire. Nasceu na Irlanda, esteve na escola apenas durante quatro anos, emigrou para a América do Norte, onde trabalhou como mecânico e depois como motorista.
Aos quarenta anos, sua família foi crescendo e, na mesma proporção, as suas necessidades monetárias; experimentou ser vendedor de caminhões. Sofrendo de terrível complexo de inferioridade que o consumia, em sua própria apreciação, antes de conseguir a coragem necessária para empurrar a porta do escritório onde ia pedir emprego como vendedor, teve que andar para cima e para baixo, no passeio