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A inteligência
Os dicionários definem inteligência, numa primeira acepção, como a faculdade que o indivíduo possui de conhecer e apreender.
Mas o dicionário Houaiss vai ainda mais longe e define inteligência como “o conjunto de funções psíquicas e psicofisiológicas que contribuem para o conhecimento, para a compreensão da natureza das coisas e de significado dos fatos” e adiciona que inteligência é a “capacidade de resolver problemas”.
Também para Howard Gardner a inteligência é mais ainda, e define-a como “a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários”.
Porque salienta a vertente funcional da inteligência é este último conceito de inteligência, aquele que mais nos interessa.
Binet e a Psicometria
Alfred Binet
No inicio do século XX, e pela percepção de que certas crianças, no sistema de ensino francês, as autoridades pedem a Alfredo Binet que criasse um instrumento pelo qual se pudessem prever quais as crianças que teriam sucesso nos liceus parisienses. O instrumento criado por Binet testava a habilidade das crianças nas áreas verbal e lógica. Esta abordagem era, afinal, lógica já que o desenvolvimento da linguagem e da matemática seria o que na altura era privilegiado e enfatizado nos currículos acadêmicos. Este instrumento deu origem aos primeiro teste de inteligência, vulgarmente designados por testes de QI, desenvolvido por Terman, na Universidade de Stanford, na Califórnia: o Standford-Binet Intelligence Scale.
Ora estes testes de QI, mesmo com os desenvolvimentos que posteriormente sofreram bem como toda a comunidade de Psicometria que os sustentaram tiveram uma influência determinante na forma como se gerou a idéia que se tem sobre a inteligência, e não é inocente que na maioria dos casos se fale simplesmente de “mais” ou “menos