Como Escrever
Posted on 12 de Junho de 2013por sarafarinha
1 Vote
Estas são as ferramentas que usamos ao escrever uma história. Cada uma delas serve um objectivo no nível mais básico de construção de um enredo. É através delas que construímos a história, definimos o estilo e envolvemos o leitor.
1. Acção: O poder do ‘agora’ – A Acção é algo que acontece sempre no presente. É aquilo que se está a desenrolar agora, que podemos ver, ouvir, cheirar, saborear ou sentir. Se não está a acontecer agora não é acção. O que aconteceu ou o que pode vir a acontecer não é acção. A acção acontece a cada instante. Isto tem uma relação íntima com os conceitos de Mostrar e Contar. Sumarizar o que aconteceu no passado, ou que virá a acontecer no futuro, não é Acção, não é Mostrar, é Contar.
Mas como as histórias não se fazem apenas de acção, o que seria algo demasiado demorado e esgotante para acompanhar, existem outras ferramentas cujo uso legítimo cria a teia que suporta a história na sua totalidade.
Um exemplo:
“Jacques Saunière, o conceituado conservador, atravessou a cambalear o arco abobadado da Grande Galeria. Estendeu as mãos para o quadro mais próximo, um Caravaggio. Arrancando a moldura de madeira dourada, puxou-a para si até arrancá-la da parede, e então caiu de costas, enrodilhado debaixo da grande tela.” Dan Brown ‘O Código Da Vinci’ p.13
2. Diálogo: A voz humana – O Diálogo é algo que podemos ouvir, que não precisa de resumos ou ‘diz que disse’. É um tipo especial de acção que ocorre agora, sem cortes ou edições, parte integrante do Mostrar, ao invés de Contar.
Um diálogo serve para impelir a acção a avançar, coloca os intervenientes frente-a-frente e obriga-os a resolver (ou confrontar) as suas diferenças. O Diálogo é a voz das personagens, a sua visão na primeira pessoa, o que ajuda a colocar o leitor na acção. Inserido no meio do conflito, que o Diálogo representa, através dele mostramos as diferentes