Como escrever um bom texto jurídico x juridiquês
Como Escrever Um Bom Texto Jurídico
Um bom texto jurídico é aquele que consegue comunicar o que se deseja de forma coesa, coerente, ortograficamente correta, sucinta e respeitosa/ formal. A compreensão do texto será facilitada se o mesmo for escrito de forma simples e clara, mas nem por isso sem ser elegante.
A coesão é conseguida com um encadeamento de ideias que, vinculadas umas as outras, formam um todo dando unidade e compreensão ao texto.
A coerência de um texto, ou seja, o texto faz sentido para quem o lê quando há uma compatibilidade de conhecimento entre remetente e destinatário: conhecimento de mundo, dos costumes, da língua, etc.
Além disso, o texto deve primar pela correção ortográfica, dando qualidade ao objeto e ao autor; deve ser sucinto, sem exageros linguísticos que muitas vezes não acrescentam algo relevante; e respeitoso/ formal, mas também sem excessos.
A linguagem, principalmente a escrita, uma vez que os interlocutores não estarão frente a frente, deve ser uma obsessão. Um texto jurídico mal redigido prejudica a todos: advogados, juízes e clientes.
“Juridiquês”
O “juridiquês” seria quase que uma nova língua criada pelos operadores da justiça. Um “dialeto” que somente eles têm compreensão, por conta do modo como usam a linguagem, principalmente escrita. E temos como críticas ao juridiquês:
-costuma ser indireto, implícito, com formulações complicadas, quase sempre fazendo com que o destinatário não compreenda, ou faça interpretações equivocadas;
-na tentativa de rebuscamento, cometem-se erros, e alguns até grotescos, com o uso de palavras dicionarizantes, e expressões latinas e inexistentes;
-o mau uso da linguagem, além de pôr em xeque o papel social da justiça, aumenta a morosidade do processo judicial com os chamados “embargos de