Como envelhecemos
Psicologia
Como envelhecemos?
“Aquele que envelhece e que segue atentamente esse processo poderá observar como apesar de as forças falharem e as potencialidades deixarem de ser as que eram, a vida pode, até bastante tarde, ano após ano e até ao fim, ainda ser capaz de aumentar e multiplicar a interminável rede das suas relações e interdependências e como desde que a memória se mantenha desperta, nada daquilo que é transitório e já se passou se perde.”
Hermann Hesse, in “Elogio da Velhice”
Resumo Ao longo da nossa vida vamos nos modificando e aos olhos dos outros vamo-nos tornar incapazes, com isso criam-se falsas concepções tais como, estádio da vida desgastante e cansativo, fase regressiva e de deteorização, falta de capacidades físicas, cognitivas e emocionais e incapacidade para trabalhar ou ajudar. Contudo esquecemo-nos que os velhos já foram crianças, adolescentes e adultos, que contribuíram para sermos quem somos hoje. Sem a geração anterior, nós pura e simplesmente, não existíamos, pois a vida humana é um ciclo em constante movimento e basta falhar um eixo para não haver geração seguinte. Assim, a sociedade não pode aceitar estas ideias do senso - comum face à velhice, é certo que esta última etapa da vida traz transformações e alterações para a vida Humana mas, afinal de contas, desde que nascemos que a nossa vida é feita de desenvolvimentos e modificações e esta é apenas a última. Quem não se lembra do trauma do primeiro dente a cair, da primeira borbulha, a excitação do primeiro dia de trabalho, a alegria do nascimento de um filho, então porque ao olhar ao espelho nos sentimos tão confusos e admirados com a primeira ruga ou cabelo branco sem saber como agir? Então se passamos a vida a envelhecer, e se aceitamos como fazendo parte do ciclo, porque é que quando se chega à última etapa, não aceitamos a