COMO ELABORAR UM SEMINÁRIO
Gilberto Luiz de Azevedo Borges - Departamento de Educação -1B-Botucatu-UNESP
A técnica do seminário tem sido usualmente entendida como sinônimo de exposição. O "seminário", tal como tem sido desenvolvido em sala de aula comete o equívoco d e tentar substituir o monólogo do professor (característica da aula expositiva em sua forma mais tradicional), pelo monólogo do aluno.
Embora o seminário possa incluir um momento de exposição durante seu desenvolvimento, sua característica mais marcante é a oportunidade do estudo de um tema com o envolvimento de todos os indivíduos de uma classe. Tanto o responsável (indivíduo ou grupo) pelo seminário, como os demais participantes devem ter uma função ativa, ainda que diversificada, nas várias etapas que constituem essa técnica.
Existem várias formas de desenvolver um seminário, conforme pode ser observada na literatura pertinente. Todavia, pensando na realidade dos cursos de pós-graduação, apresenta-se uma alternativa julgada viável para avançar na participação dos alunos da classe de uma forma mais ativa. É importante observar que a implementação da técnica de seminário exige uma mudança na prática pedagógica também do professor: ele não deve se limitar a distribuir um tema para cada grupo, para expor e criticar o assunto. Em linhas gerais, como afirma Veiga
(1991), do professor espera-se o aprofundamento do assunto, o estabelecimento de relações, o incentivo e questionamento do aluno, o encaminhamento de conclusões, enfim, conduzir o seminário. Ao aluno cabe estudar o assunto do seminário com profundidade, participar da discussão, querer conhecer, questionar o conhecimento que está sendo discutido. Desenvolvido segundo tais pressupostos, o seminário caracteriza-se como uma técnica compatível com os objetivos dos cursos de pós-graduação: "criar condições para a pesquisa rigorosa nas várias áreas de saber, desenvolvendo a fundamentação teórica, a reflexão, o