COMO DESCARTES CONSTROI O ARGUMENTO DO COGITO SEGUNDO A ORDEM DAS RAZOES
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIROYASMIN ROMAGUERA DE MEDEIROS COMO DESCARTES CONSTROI O ARGUMENTO DO COGITO SEGUNDO A ORDEM DAS RAZOES?
Descartes em sua primeira meditação Metafísica, põe em duvida todas as coisas, principalmente as materiais, apresentando a tese de que os sentidos são enganosos. Essa tese sobre os sentidos se constrói no fato de que tudo que descartes havia tomado como verdadeiro e seguro, fora por meio dos sentidos que o enganaram em determinado momento, portanto, não são confiáveis.
Se tudo o que o apreendeu fora por meio dos sentidos que são enganosos, Descartes coloca em duvida até mesmo sua existência. Todavia, ainda na primeira meditação, expõe uma velha certeza sua de que há um Deus que criou os homens e que é onipotente, e se, portanto, onipotente: Deus poderia enganar a todos os homens. Contudo, rejeita em seguida tal hipótese, afinal, se Deus é perfeito, Ele não cairia no erro de nos enganar.
Então, Descartes supõe que não exista um Deus que nos engane, e sim, um gênio maligno e poderoso que teria a mesma função do Deus enganador, porém com mais ênfase, levando a duvida hiperbólica. Desta forma se encerra a primeira meditação e inicia-se a segunda meditação na qual, Descartes, entende que ele existe e é alguma coisa, pois: se há um gênio maligno que engana, logo, alguém está sendo enganado.
O filosofo conclui que enquanto pensa, duvida ou até mesmo é enganado, ele existe, “cogito, ergo sum” (penso, logo existo). O autor, tendo chegado à proposição de que é, ainda não sabe asseverar o que é. Descartes se priva de assumir qualquer resposta imediata para explicar o ser que é e seu modo de existir. Entre elas, aquela que parecia mais obvia, a de que é um homem.
Nesta lógica, Descartes conclui que ele existe e é uma coisa que pensa, que imagina e que sente. (imagina no sentido de pensar que imagina, e sente no sentido de pensar que sente).