como criar pirarucu
Fonte: Revista Globo Rural, Jun/2012 (http://revistagloborural.globo.com)
Fernando Stopato da Fonseca, Eduardo Makoto Onaka e João Mathias, Revista Globo Rural, http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI292941-18291,00-PIRARUCU.html
Produtor pode obter lucro com um dos maiores peixes de água doce, de excelente rendimento de carne e boa aceitação pelo consumidor
Técnicas de desenvolvi¬mento aprimoradas nos últimos anos levaram a um aumento na varieda¬de de peixes aptos a viver em cati¬veiro. Também foi possível adaptar o manejo de criações a regiões di¬ferentes dos locais de origem das espécies, ampliando as oportuni¬dades de geração de renda com a atividade para produtores em to¬dos os cantos do país.
Típico dos rios que cortam a Amazônia, o pirarucu (Arapaima gigas) já alcançou outras moradas pelo território nacional. Há exem¬plares no Nordeste, Centro-Oeste e em parte do Sudeste. O pescado ainda tem a seu favor a caracterís¬tica de se dar bem em águas com diferentes níveis de pH e concen¬tração de sais minerais. Contudo, mesmo dotado de bexiga natató¬ria altamente vascularizada, que é utilizada como pulmão, o pira¬rucu necessita de água com bom teor de oxigênio para não ter seu crescimento prejudicado.
Projetos de criação do peixe re¬alizados pela Seagro (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abasteci¬mento) do Tocantins em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em¬presas) registraram bons resulta¬dos, indicando ser essa uma ati¬vidade promissora. Também co¬nhecido como piraruco, pirosca e, quando jovem, bodeco, o pirarucu pode crescer dez quilos em um ano e ter rendimento de até 57%, de¬sempenho que pode ser conver¬tido em lucros para o criador.
O preço do quilo do filé de pi¬rarucu no varejo paulista varia de R$ 15 a R$ 20. Na Amazônia, onde a produção local do pescado é mais elevada, o valor vai de R$ 5,50 a R$ 17. Além de carne sem espi¬nhas, com boa textura e